Ao não adotar o diferencial mecânico na tração traseira, e adotar eixos independentes para as duas rodas, um problema continuará a existir.
Ao usar eixos independentes, não corremos o risco da roda interna da curva se arrastar enquanto a roda externa gira mais rápido.
A roda interna girará menos rápida e a externa girará mais rápida.
Mas um problema continuará, que é a perda de tração da roda externa e a derrapagem da roda interna, pois estaremos utilizando dois motores elétricos independentes mas em sincronismo.
Em linha reta os dois motores estarão na mesma velocidade pois receberão a mesma quantidade de energia.
Ao virar para a esquerda, a roda traseira esquerda receberá uma quantidade de energia e continuará tracionando. A roda direita por sua vez girará mais rápido devido à física do movimento mas receberá a mesma energia da roda esquerda, portanto não haverá aumento de velocidade pela tração do motor. Se quisermos que a roda direita tracione numa curva à esquerda devemos acelerar os motores e nesta hora o motor interno vai derrapar pois estará recebendo mais energia que a necessária para o seu giro interno.
CIRCUITO ELETRÔNICO
Este problema é resolvido com um circuito eletrônico que lê o ângulo da direção da roda dianteira e ajusta a velocidade das rodas externas à curva, fazendo com que ela gire mais rápido que a roda interna e mantenha a tração integral nas duas rodas mesmo durante uma curva. Como faz um diferencial mecânico.
Este circuito já foi proposto neste estudo aqui.
Design and Implementation of an Electric Differential for Traction Application
Portanto para a tração traseira funcionar, não basta ter os eixos independentes, é necessário também um sincronismo entre o ângulo de mudânça da direção das rodas dianteiras e a velocidade dos motores elétricos traseiros.
Então por tornar a adaptação um pouco mais complexa, vou colocar o projeto de tração com dois motores elétricos em espera e seguir avante com um diferencial mecânico.
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